Lomadee, uma nova espécie na web. A maior plataforma de afiliados da América Latina.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

COMO MONTAR UM VIVEIRO FLORESTAL

Entende-se por viveiro florestal de um determinado local onde são concentradas todas as atividades de produção de mudas florestais.
Para a escolha do local onde será instalado o viveiro, devem-se levar em consideração os seguintes aspectos:

1.Facilidade de acesso

É necessário que o acesso possibilite o fácil trânsito de caminhões, sendo que todas as estradas deverão ser transitáveis mesmo em época de chuva. Os custos de transporte, principalmente de mudas produzidas em recipientes, são minimizados quando os viveiros situam-se a uma pequena distância da área de plantio. Longos trechos de estrada podem trazer danos à qualidade fisiológica das mudas e ocasionar perda de umidade do substrato.

2.Suprimento de água

Durante todo o período, após a semeadura, há necessidade de abundância de água para irrigação. Poderão ser utilizadas águas de rios, lagos e de origem subterrânea, devendo ser evitada a introdução de algas ou sementes de ervas. A água deve ter menos de 200 partes por milhão (ppm) de silte e cálcio e menos de 10 ppm de sódio e 0,5 ppm de boro.

3.Área livre de Ervas Daninhas


Deverá existir contínua vigilância e erradicação das ervas daninhas efetuada imediatamente após o seu aparecimento, quer sejam perenes ou anuais.

4.Facilidade de obtenção da Mão de Obra

É indispensável que alguns funcionários morem nas imediações ou na própria área. A vigilância quanto ao aparecimento de doenças precisa ser permanente. Existem doenças cuja virulência pode ser tão intensa que provocam enormes danos em pouco tempo, principalmente em mudas recém-formadas.

5.Declividade da área

A declividade deve ser de 2%, no máximo, para não correr danos por erosão. É importante salientar que os canteiros devem ser instalados em nível, perpendiculares à movimentação da água. Áreas planas contribuem para o acúmulo de água da chuva, principalmente quando o percentual de argila for maior que o indicado.

Área do Viveiro                                   

O viveiro possui dois tipos de áreas:

Áreas produtivas: é a soma das áreas de canteiros e sementeiras, em que se desenvolvem as atividades de produção;

Áreas não produtivas: constitui-se dos caminhos, estradas e áreas construídas.

A extensão do viveiro será determinada em função de alguns fatores:
1.Quantidade de mudas para o plantio e replantio;

2.Densidade de mudas/m2 (em função da espécie);

3.Espécie e seu período de rotação;

4.Dimensões dos canteiros, dos passeios (caminhos) e das estradas;

5.Dimensões dos passeios (ou caminhos);

6.Dimensão das estradas (ou ruas);

7.Dimensão das instalações;

8.Adoção, ou não, de área para adubação verde (no caso de viveiros em raiz nua);

A distribuição dos canteiros, caminhos, construções e principalmente o acesso devem visar a melhor circulação e utilização da estrutura do viveiro.

Luz

Deve-se levar em consideração a necessidade de luz solar, evitando na locação do viveiro uma área inconveniente. O viveiro deve ser instalado em local totalmente ensolarado. Se houver necessidade de sombra, pode-se lançar mão de abrigos, como o sombrite. Em alguns casos, o sombreamento é necessário em certos períodos. As espécies umbrófilas exigem proteção contra a luz solar. Os raios solares concorrem para a rustificação dos tecidos, tornando as mudas mais robustas e resistentes.
Em relação à exposição solar, deve-se colocar o comprimento dos canteiros voltado para a face norte, acompanhando-os ao longo de sua extensão. Contudo, tal medida para locação dos canteiros deve ser tomada, apenas se for possível, pois existem outros critérios prioritários

Tipos de Viveiros         

Considerando a duração, os viveiros podem ser classificados em:

1.Viveiros Provisórios: temporários ou volantes, são aqueles que visam uma produção restrita; localizam-se próximos às áreas de plantio e possuem instalações de baixo custo.

2.Viveiros Permanentes: centrais ou fixos, são aqueles que geralmente ocupam uma maior superfície, fornecem mudas para uma ampla região, possuem instalações definitivas com excelente localização. Requerem planejamento mais acurado; as instalações são também permanentes e de maiores dimensões.

Com referência à proteção do sistema radicial, os viveiros são classificados em:

3.Viveiros com mudas em raiz nua: as mudas em raiz nua são as que não possuem proteção do sistema radicial no momento de plantio. A semeadura é feita diretamente nos canteiros e as mudas são retiradas para o plantio, tendo-se apenas o cuidado de se evitar insolação direta ou, até mesmo, vento no sistema radicial. O solo onde se desenvolvem as raízes permanece no viveiro. Após a retirada, são ordenadas em grupos, com material úmido envolvendo as raízes, antes da expedição para o plantio. Este tipo de viveiro é muito difundido no sul do Brasil para Pinus spp.

Contudo, algumas espécies promissoras na Amazônia, como o freijó – Cordia goeldiana, tatajuba - Bagassa guianensis, e marupá - Simaruba amara – têm demonstrado aptidão para plantio com muda em raiz nua em forma de “stripling”.

4.Viveiro com mudas em recipientes: apresentam o sistema radicial envolto por uma proteção que é um substrato que o recipiente contém. Evidentemente, o substrato vai para o campo e é colocado nas covas, com as mudas, protegendo as raízes.

Fonte: www.ambientebrasil.com.br

Nenhum comentário:

Postar um comentário