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quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

SUBSTRATOS

A definição do substrato a ser utilizado num viveiro florestal, depende da análise de uma série de fatores, dentre eles destacando-se:
a) Espécie a ser semeada,
b) Disponibilidade próxima do local do viveiro de matérias-primas para composição do substrato, caso a decisão seja a produção própria do produto.
c) Sistema de irrigação utilizado nas diferentes etapas da produção da muda (semeadura, crescimento e rustificação)
d) Tipo de embalagem utilizada
e) Relação custo/benefício
Atualmente, o uso do solo puro como substrato para viveiros hoje, não tem sido muito utilizado por diversas razões, podendo-se destacar entre elas, o problema ambiental criado com a retirada do solo, principalmente em grandes quantidades, e a dificuldade de manuseio do mesmo no viveiro, pois solo é pesado para manuseio, se for de superfície, pode carregar sementes de plantas invasoras e esporos de patógenos, e é impróprio para a utilização em recipientes como os tubetes plásticos.
Existem vários componentes que podem ser utilizados para a produção de substratos, classificados como inertes: vermiculita (nome comercial de produto a base de mica expandida), casca de arroz carbonizada, moinha de carvão vegetal e, orgânicos: turfa, bagaço de cana decomposto, fibra de coco, estercos de bovino, aves e suínos, cascas de pínus ou eucaliptos, compostos derivados de resíduos orgânicos, etc.
Cada um destes componentes, apresenta suas peculiaridades com relação a teor de nutrientes (macros e micros) e a disponibilização dos mesmos às mudas, condutividade elétrica, capacidade de retenção e disponibilização de água, compactação sob irrigação, granulometria e porosidade, etc.
A produção de substratos normalmente envolve conhecimentos específicos sobre as características físico-químicas de seus componentes, a maneira pela qual interagem quando misturados, e suas implicações na produção das mudas, variam em função da espécie e tipo de produção (sementes/estaquia), do sistema de irrigação disponível no viveiro, e da disponibilidade local dos componentes a serem utilizados.
É desejável que o substrato possua características como:
Porosidade: é determinada pelo grau de agregação e estruturação das partículas que compõem o substrato, devendo apresentar um bom equilíbrio entre os microporos que retém água, e os macroporos que retém ar. Esse equilíbrio é que determinará a capacidade de drenagem do substrato.

Retenção de umidade: de grande importância para se determinar o regime de irrigação, a retenção de umidade é determinada pelo teor e quantidade e qualidade dos componentes do substrato, principalmente a matéria orgânica e alguns tipos de material inerte, como a vermiculita.
Alguns materiais como a fibra de coco, retém grande quantidade de água , o que pode reduzir substancialmente a necessidade de irrigações ao longo do dia, principalmente no inverno.
Granulometria: é recomendável que os componentes do substrato apresentem densidade semelhantes, para evitar fracionamento das partes, principalmente no momento do enchimento das recipientes, quando se utiliza mesa vibradora. Componentes muito finos, também podem interferir na capacidade de drenagem do substrato, o que é prejudicial para a formação das mudas.
pH: A acidez de um substrato é medida ao final da mistura de componentes, devendo variar entre 6 a 6,5 (medido em H2O). Valores abaixo ou acima desta faixa trazem problemas à formação das mudas devido a indisponibilidade de alguns nutrientes e fitotoxidez. O ajuste do pH do substrato (acidificação ou calagem)  nem sempre fornece bons resultados, por isso, a escolha de componentes  da mistura que variem o pH dentro da faixa recomendada, e a mistura resultante mantém-se dentro da faixa de tolerância, com um bom poder tampão,  facilita o manejo deste parâmetro.
Características químicas desejáveis:
pH em H2O = 6,0 a 6,5
Fósforo = 300 a 600 g/cm3
Potássio (níveis de (K/T x 100) = 5 a 8%
Cálcio + Magnésio (níveis de Ca + Mg/T x 100) = 85 a 95%
Obs.: T = capacidade de troca catiônica


FONTE: EMBRAPA

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